
Título: O Vampiro Lestat
Autora: Anne Rice, traduzido por Reinaldo Guarany
Ano: 1985 pela autora e 1999 pela Rocco
Gênero: Terror/Ficção Norte Americana
Editora: Rocco no Brasil
Sobre a autora:
Como já coloquei um pouco sobre a Anne Rice na resenha de “Entrevista com o Vampiro”, opto por pular essa parte, mas deixo o link da resenha. Basta clicar aqui.
De acordo com a autora, nosso caro Lestat foi baseado em seu marido, Stan Rice. Lestat possui até mesmo a mesma data de nascimento que Stan, bem como seu cabelo loiro. Lestat no entanto, admite Anne, possui um pouco não apenas do marido, mas, é claro, um pouco de sua criadora também.
Aproveito o espaço oportuno para dizer que há boatos de que venha a sair um filme sobre O Vampiro Lestat. Se verdadeiros ou não, quem vai dizer? Com essa febre de vampiros eu não duvido nada! Além do mais, Lestat, como foi nomeado a peça, invadiu a Broadway garantindo $4,315,293 em 2006! Por que não, então? Seria realmente fantástico se pudéssemos ver Lestat nas telas de cinema!
Devo dizer também, depois de ler o livro, que Anne não pode fazer melhor escolha ao escolher Tom Cruise para interpretar o papel do vampiro. Tanto que eu pessoalmente não consigo me desfazer daquela imagem tão marcante em Entrevista com o Vampiro. É perfeito! Apesar de que a autora, ao criar a forma física de Lestat, disse ter tido como inspiração o autor Rutger Hauer! Surpresos? Ainda prefiro a forma com o Tom Cruise...
Sobre o Livro:
“Eu sabia que havia chegado ao posto avançado mais abandonado do Jardim Selvagem, que aquele era meu país e que eu ficaria em Nova Orleans, se ao menos Nova Orleans conseguisse subsistir. Tudo que eu sofrera poderia ser aplacado naquele lugar sem lei, tudo o que ansiasse me daria muito mais prazer a partir do momento em que em que ele estivesse sob meu domínio.
E houve momentos, na minha primeira noite naquele paraíso fétido, em que cheguei a crer que, apesar de todo meu poder secreto, eu estava de alguma forma, ligado a cada homem mortal.”
Sobre O Vampiro Lestat... Ah! Lestat! É sem dúvida alguma, o vampiro mais belo dentre todos! Lestat é um apaixonado, insano, dilacerado vampiro! Por vezes, selvagem, mas sempre impulsivo! Um demônio impossível, sem dúvida. Ambicioso em sua ideias ou talvez... inescrupuloso? Os dois certamente!
De fato, como já diz na sinopse do livro, Lestat não é apenas um vampiro que mata sem critério. É um vampiro sofisticado, complexo, repleto de morais que vezes por outras chegam a ser hipócritas. Mas ainda sim é fantástico!
Neste livro maravilhoso, Anne nos leva à França do século XVIII e é a partir daí que acompanhamos a trajetória incrível de Lestat de Lioncourt.
Sua complexa relação com sua família o encoraja a fugir com seu melhor amigo e amante Nicolas. Juntos, ambos sonham com suas carreiras artísticas, Lestat com o palco e Nicolas com a música.
É quando, então, em durante uma peça de teatro que Magnus, um antigo e poderoso vampiro se vê atraído pelo mortal de aparência encantadora. Em uma noite, então, quase como qualquer outra, depois de muito beber e conversar e ouvir o violino de Nicolas, depois de finalmente caírem no sono, Lestat é raptado e levado para longe de seu amante, para uma torre na qual é transformado e por fim, abandonado.
É quando então a história começa.
É de fato, um livro sombrio. Muito mais do que Entrevista com o Vampiro. Lestat tem seus acessos à loucura que de fato geram uma tremenda angústia. É um mergulho num abismo, um abismo que não tem mais retorno. Abjetado da humanidade e tudo que vive, sua solidão é crescente. E não é essa a condenação eterna dos vampiros? A exclusão de um mundo tão colorido e perfeito em sua existência a ponto de não restar nada a não ser um ao outro - outro imortal.
Ah, Lestat, Lestat, Lestat! Um ser que mesmo em sua condenação é um eterno buscador de amor! Não poderia estar mais vivo, poderia?
Nesse livro, Anne trás conceitos novos não apenas sobre uma visão de mundo diferente do que conhecemos, mas também sobre a origem dos vampiros, sobre o mito que os cerca e faz conexões incríveis e sensatas!
Arrisquem-se, atrevam-se! Eu os desafio e embarcarem nessa incrível e obscura jornada que é apenas o início.

